videocriação





Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
Rua Luís de Camões, 68, Centro, RJ
tel (21) 2232-4213
de 17 a 27 de novembro de 2011
entrada gratuita

programação

Programa 1: Reconstruções
Quinta-feira  17/11  18h
Sábado  26/11  16h
Duração: 1h26
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David & Gustav, de Maurício Dias & Walter Riedweg, 2005
The Empirical Effect, de Rosa Barba, 2009
Ghost City, de Alexander Apóstol, 2006
A Necessary Music, de Beatrice Gibson, 2008

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Programa 2: Habitats poéticos
Sexta-feira  18/11  18h
Domingo  27/11  16h
Duração: 1h20
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Secret Strike Lleida “5 minuts thinking about herself”, de Alicia Framis, 2005
Podwórka, de Sharon Lockhart, 2009
Parc Central, de Dominique Gonzalez-Foerster, 2006

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Programa 3: Melodias visuais
Sábado  19/11  16h
Quinta-feira  24/11  18h
Duração: 1h13
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Quarta-feira de cinzas/Epílogo, de Cao Guimarães e Rivane Neuenschwander, 2006
The Louder You Scream, the Faster We Go, de Phil Collins, 2005
Le Clash, de Anri Sala. 2010
Musical, de Dara Friedman, 2007-2008

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Programa 4: Detetives de imagens
Domingo  20/11  16h
Sexta-feira  25/11  18h
Duração: 1h16
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What I’m looking for, de Shelly Silver, 2004
Unfinished, de Sophie Calle, 2005
Lovely Andrea, de Hito Steyerl, 2007

sinopses dos vídeos


Programa 1: Reconstruções



David & Gustav
Maurício Dias e Walter Riedweg
 2005, DVD, Inglaterra, 13’28
Cortesia dos artistas [Livre]
David Medalla e Gustav Metzger são dois artistas imigrantes residentes em Londres. O primeiro, nascido nas Filipinas, estabeleceu um padrão de vida nômade e admite sentir-se em casa em qualquer lugar do mundo. O segundo, de família judaica polonesa, é seu contraponto. Sobrevivente do nazismo, Metzger fala da relação traumática com sua situação de exilado político.




The Empirical Effect
Rosa Barba
 2009, Blu-ray, Itália, 20’
Cortesia da artista, carlier | gebauer, Berlim e Gió Marconi, Milão [Livre]
The Empirical Effect é um retrato bastante realista de lugares que circundam o Vesúvio e a “zona vermelha”. Esse alto nível de realismo vem de informações extraídas de fatos históricos, que são porém reconfiguradas e interpretadas para dar um novo significado à história do lugar. A evacuação de um vilarejo como uma espécie deperformance é o cenário desta ficção, que se entrelaça a materiais históricos e privados sobre as “casas de proteção” e age como metáfora do livre pensamento que produz verdadeiras esculturas. Uma comunidade que deixa seu contexto original e é inserida em um novo ambiente, revelando aspectos inexplorados de sua existência. Essa mistura de documentário e ficção cria uma jornada ambígua em direção a um destino que tem como missão secreta uma utopia.




Ghost City
Alexander Apóstol 2006, DVD, Venezuela, 23’
Cortesia do artista [Inadequado para menores de 14 anos]
Ghost City apresenta o testemunho de doze moradores de Caracas de diferentes bairros, idades e setores sociais, que contam, na privacidade de suas casas, seus pesadelos e histórias inexplicáveis repletas de fantasmas e espíritos, compartilhando o mesmo medo do desconhecido. São estranhos contos que podem ser vistos como metáforas de uma cidade (Caracas) e um país (Venezuela) onde o medo ocupa um lugar central na vida cotidiana.




A Necessary Music
Beatrice Gibson
2008, Blu-ray, Inglaterra, 29’
Cortesia da artista e LUX, Londres [Livre]
A Necessary Music é um filme de ficção científica sobre as habitações populares modernas. Concebido musicalmente e com referências às óperas em vídeo de Robert Ashley, o filme trabalha o imaginário social de uma paisagem utópica a partir da atenção dirigida às vozes que nela habitam. Ao tratar o meio fílmico como uma proposta tanto musical quanto de produção coletiva, A Necessary Musictransforma moradores da Roosevelt Island, em Nova York, em autores e atores, reunindo textos escritos por eles e usando esses textos para construir o roteiro. O filme faz da ficção uma ferramenta para contextualizar e estimular seu local de realização. Foram escolhidos dezessete moradores para interpretar as falas, acompanhados por uma narração retirada do romance de ficção científica A invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares, publicado em 1941. Passando conscientemente de uma tentativa de realismo para uma narrativa imaginada, o que começa como um processo preocupado com a sociabilidade torna-se uma ficção etnográfica sobre um lugar e uma comunidade, bem como uma investigação sobre a representação em si. Um projeto da artista Beatrice Gibson com o compositor Alex Waterman.



Programa 2: Habitats poéticos



Secret Strike Lleida “5 minuts thinking about herself”
Alicia Framis
2005, DVD, Espanha, 3’45
Cortesia da artista [Livre]
Os passos em uma faixa de pedestres se detêm. Transeuntes param ao atravessar as linhas brancas. Alicia Framis organizou uma “greve secreta” em 25 de novembro de 2005 para celebrar o Dia Internacional contra a Violência de Gênero, na cidade espanhola de Lérida. Cem mulheres com luvas vermelhas interromperam o trânsito em uma faixa de pedestres em protesto diante da falta de ação institucional no combate à violência doméstica.




Podwórka
Sharon Lockhart
2009, Blu-ray, EUA/Polônia, 31’
Cortesia da artista e Arsenal, Berlim [Livre]
Podwórka tem como tema central os pátios de Lodz, na Polônia, e as crianças que moram nos prédios ao redor e utilizam esses espaços como áreas de recreação. Esses pátios são um elemento típico da arquitetura de Lodz e estão em todos os lugares. Feito como uma série de breves interlúdios dentro da cidade, Podwórka é o estudo de um lugar específico e o resgate da inventividade infantil.




Parc Central [série]
Dominique Gonzalez-Foerster
2006, DVD, França, 45’
Cortesia da artista e Esther Schipper, Berlim [Livre]
Reunião de 11 retratos poéticos de lugares e cidades visitadas pela artista Dominique Gonzalez-Foerster. As representações vão desde a revisitação de uma cena de Vive l’Amour, de Tsai Ming-Liang, à uma manifestação com papéis picados em Buenos Aires; de uma reflexão sobre as qualidades fílmicas de Brasília ao registro dos observadores do eclipse de 1999 em Paris. A trilha sonora é composta de um sensível equilíbrio entre o som dos ambientes e canções cuidadosamente escolhidas.



Programa 3: Melodias visuais



Quarta-feira de cinzas / Epílogo
Cao Guimarães e Rivane Neuenschwander
2006, Blu-ray, Brasil, 5’48
Cortesia dos artistas [Livre]

Último dia de Carnaval, a Quarta-feira de Cinzas é o epílogo de quatro dias de comemoração. Nesse filme, formigas transportam pedaços de papel colorido, fazendo alusão aos confetes, que são usados no Brasil apenas durante a festa. A trilha sonora, composta pelo duo O Grivo, relaciona-se com o Carnaval em diversos níveis. Utiliza elementos de samba em sua estrutura rítmica e melódica, baseando-se especialmente na canção “Me deixa em paz”, de Monsueto e Ayrton Amorim. Composta digitalmente, a trilha mistura dois elementos: ruído ambiente capturado durante a filmagem do vídeo e som de palitos de fósforos caindo no chão.




The Louder You Scream, the Faster We Go
Phil Collins
2005, DVD, Inglaterra, 9’50
Cortesia Shady Lane Productions e Tanya Bonakdar Gallery, Nova York 
[Inadequado para menores de 16 anos]
The Louder You Scream, the Faster We Go foi produzido como um projeto de arte pública na cidade de Bristol, Inglaterra. Lá Collins montou uma companhia temporária de vídeo e pediu que músicos independentes locais enviassem suas demos. Ele escolheu três bandas e usou as canções para fazer três vídeos promocionais. As bandas não tiveram nenhuma influência no processo criativo, mas receberam uma cópia final para usarem como quisessem. Filmados durante um festival de música, numa aula de balé para senhoras de meia-idade e numa produtora de filmes pornográficos, os vídeos são uma homenagem de Collins à era heróica dos primeiros vídeos pop. Mantendo-se fiéis ao rigor formal e inabalável da música pop como um forte indicativo de integração e diferenciação, os vídeos estão impregnados da mistura típica de Collins: uma emoção inquietante com uma exploração sutil.




Le Clash
Anri Sala
2010, Blu-ray, França, 8’31
Cortesia do artista e Johnen Galerie, Berlim [Livre]
De dentro de um edifício com fachada ladrilhada, que já foi bastante influente na música rock e punk, ouve-se um trecho da canção Should I Stay or Should I Go. Girando o cilindro de um realejo, dois músicos passam pela casa de shows abandonada. O som do órgão e do canto é sincronizado com o trecho que ressoa, sugerindo um efeito em estéreo. Um homem caminha com uma caixa de sapatos debaixo do braço. Ouvindo distraidamente, ele gira uma corda e uma versão diferente da mesma música começa a tocar. Quando as melodias distintas se juntam, surge uma sensação de deslocamento da realidade, salientando duas rememorações diferentes de uma canção punk. Elas trazem para o presente a melodia da canção.




Musical
Dara Friedman
2007-2008, Blu-ray, EUA, 48’
Cortesia da artista e Gavin Brown’s Enterprise, Nova York [Livre]
Musical é a orquestração de sessenta apresentações musicais realizadas pelo Public Art Fund nas ruas da região de Midtown Manhattan no segundo semestre de 2008. Durante três semanas, Friedman pediu que nova-iorquinos comuns começassem a cantar de repente nas esquinas da cidade, em cafés, museus e estações de metrô. O filme de Friedman reúne esses acontecimentos distintos e cria um musical irregular, alternando momentos de extrema diversão e situações de devastadora tristeza.



Programa 4: Detetives de imagens



What I'm Looking For
Shelly Silver
2004, DVD, EUA, 15’
Cortesia da artista [Inadequado para menores de 16 anos]
Com o intuito de fotografar momentos de intimidade, uma mulher publica em um site de relacionamentos: “Procuro pessoas que queiram ser fotografadas em público revelando algo de si mesmas.” What I’m Looking For é o registro dessa aventura. As conexões formadas nessa interseção entre o virtual e o espaço público real. Uma reflexão sobre a natureza da fotografia e a persistência da visão. Um conto de desejo e controle.




Unfinished
Sophie Calle em colaboração com Fabio Balducci
2005, DVD, França, 30’14
Cortesia dos artistas e Electronic Arts Intermix (EAI), Nova York [Livre]
Ao receber uma série de fotografias feitas por uma câmera de segurança de um caixa eletrônico, Calle envolveu-se numa investigação desconcertante, que durou quinze anos. Depois de conseguir três fitas com gravações de câmeras de segurança, usou as imagens para interagir com estranhos, bancários e com o dono de uma casa de penhores, tudo na tentativa de esclarecer o significado do dinheiro, da segurança e das fotografias anônimas. As imagens, originalmente exibidas em uma instalação chamada Cash Machine, agora são apresentadas como a narrativa central nesta investigação ainda sem solução.




Lovely Andrea
Hito Steyerl
2007, DVD, Japão, 30’
Cortesia da artista e Sixpack Film, Viena [Inadequado para menores de 16 anos]
Lovely Andrea relata a busca por uma fotografia tirada em Tóquio em 1987. A foto, uma imagem de bondage ao estilo nawa-shibari, mostra a artista seminua, amarrada e suspensa no ar. Atualmente, o bondage japonês é um subgênero da pornografia. Mas ele nasceu nas artes marciais, sendo o hojojutsu o ato de usar a corda para capturar, transportar e torturar criminosos. Sendo um ato estético desde o início, foi somente no final do século XIX e no início do século XX que adquiriu uma dimensão erótica e sensual. “Mas em um contexto mais amplo, o bondage existe em todos os lugares”, declara o vídeo em determinado momento. Ao associar desejo e bondage, submissão voluntária e servidão, dependência, redes, cumplicidade e grupos fechados, Steyerl cria um jogo polissêmico de pensamento: Quem puxa as cordas? Quem são as marionetes? Como as coisas se relacionam com as imagens? O bondage em Lovely Andrea é uma metáfora universal.

biografias dos artistas



Alexander Apóstol
Venezuela, 1969. Apóstol trabalha com fotografia, vídeo e instalações.
Arquitetura é um dos seus temas recorrentes: Apóstol põe em foco as utopias
arquitetônicas latino-americanas e intervém digitalmente nelas, para revelar
a precariedade dos sonhos e ilusões europeias de nossas oligarquias. Seu trabalho
tem aparecido em numerosas exposições internacionais, bienais e festivais,
e é representada pela Tate Gallery, Londres; MUSAC, Leon; MACCSI, Caracas; CIFO,
Miami; Museo del Barrio, Nova York; Fundación Cisneros, Caracas; Fundación
ARCO, Madri; Daros-América Latina, Zurique etc.

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Alicia Framis
Barcelona, 1967. Formada em Belas Artes pela Faculdade de Sant Jordi,
Universidade de Barcelona e Escola de Belas Artes de Paris, realizou cursos de
pós-graduação no Institut d’Hautes Etudes em Paris e no Rijksakademie van
Beelde Kunstende em Amsterdam. Viveu e trabalhou em Barcelona (1985-1990),
Paris (1990-1993) e Amsterdam (1995-2005) e atualmente vive em Xangai, onde
trabalha como diretora de design de conceitos para o novo espaço expositivo
do Museu MOCA (Museum of Comtemporary Art) dessa cidade.

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Anri Sala
Albânia, 1974. Anri Sala ganhou a atenção internacional por seus trabalhos de
animação, vídeo e fotografia. Com ênfase na lentidão, no silêncio e nos detalhes
íntimos, Sala explora a interface entre documentário e ficção. Em 2001 recebeu
o Prêmio Jovem Artista da 49ª Bienal de Veneza. Suas obras têm sido amplamente
exibidas internacionalmente, inclusive nas instituições: MAMCO, Genebra, Suíça;
Dallas Museum of Art, Texas; Ikon Gallery, Birmingham, Inglaterra; Kunsthalle
Wien, em Viena; ARC, Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris e o New Museum
of Contemporary Art de Nova York, entre outras. Participou da Utopia Station
na 50ª Bienal de Veneza, da 24ª Bienal de São Paulo, da Manifesta 4 em Frankfurt
e da exposição Uniform: Order and Disorder na P.S.1 Center for Contemporary
Art, em Nova York.

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Beatrice Gibson
Londres, 1978. Beatrice Gibson trabalha em diversas mídias, passando da
escrita à performance e ao cinema. Sua prática diz respeito à política e poética
do cotidiano e de espaços dentro do território urbano. A Necessary Music,
realizado em colaboração com Alex Waterman, ganhou o prêmio Tiger de melhor
curta no Festival de Rotterdam em 2009. Entre suas exposições e projeções
recentes figuram: Beatrice Gibson, The Tiger’s Mind, Kunsterlhaus Stuttgart (2010),
The Future’s Getting Old Like The Rest Of Us, Serpentine Park Night (2010),
A Necessary Music and An Evening with Robert Ashley, The Showroom, Londres
(2009); Talk Show, Institute of Contemporary Arts, Londres (2009); 10° Baltic
Triennial, CAC, Vilnius (2009); e Volatile Dispersal: Festival of Art Writing,
Whitechapel Gallery, Londres (2009). Em 2008, Gibson foi artista residente
no Whitney Museum of American Arts ISP.

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Cao Guimarães
Belo Horizonte, 1965. Videomaker e fotógrafo. Estudou Filosofia na
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG e Jornalismo na Pontifícia
Universidade Católica - PUC, em Belo Horizonte, de 1983 a 1986. Posteriormente
tornou-se mestre em estudos fotográficos pela Westminster University, em
Londres. Antes dedicado à fotografia, a partir de 1990 começa a trabalhar com
vídeo, videoinstalações e filmes. Em 1993, recebeu o Prêmio Marc Ferrez de
Fotografia da Fundação Nacional de Arte - Funarte, para desenvolvimento do
ensaio fotográfico Ex‑votos, com Rivane Neuenschwander (1967). No fim da
década de 1990, passou a realizar principalmente documentários experimentais.
Foi premiado em festivais de vídeo e cinema nacionais e internacionais. Publica
artigos, críticas de arte e contos em suplementos literários de jornais e revistas.

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Dara Friedman
Alemanha, 1968. Vive e trabalha em Miami. Cineasta e videoartista, Friedman
utiliza técnicas fílmicas estruturalistas para retratar a exuberância, o êxtase
e a energia da vida cotidiana. Muitas vezes ela destila, inverte, repete ou altera
sons e paisagens familiares, chamando a atenção para as diversas conexões
sensoriais que ativamos nos atos de audição e visão. Seu trabalho tem tido
destaque em exposições individuais na galeria Gavin Brown, Nova York (2007,
2002); The Kitchen, The Wrong Gallery, Nova York (2004); Kunstmuseum, Thun,
Suíça (2002); Museum of Contemporary Art, Los Angeles (2002); Miami Art
Museum (2001); e SITE Santa Fé, Novo México (2001). Suas obras Revolution
e Musical estão na coleção do MOMA, Museum of Modern Art, Nova York.

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Dominique Gonzalez-Foerster
Estrasburgo, 1965. Vive e trabalha entre Paris e Rio de Janeiro. As obras
multimídia de Dominique Gonzalez-Foerster (filmes, vídeos e instalações
sonoras) provocam a experiência da memória e se desdobram no espaço, sendo
nutridas pela reflexão acerca da formação de uma identidade, envolvendo os
processos de mestiçagem, reconhecimento e deslocamentos. Participou de
exposições como Microutopias, na Bienal de Valência, Espanha (2003),
Utopia Station, na Bienal de Veneza de 2002 e 11 Documenta de Kassel (2002).
Realizou em 2002 a exposição Exotourism no Centro Georges Pompidou, em
Paris, pela qual recebeu o prêmio Marcel Duchamp. Tem trabalhos nas coleções
do 21st Century Museum of Contemporary Art (Japão), Museu de Arte Moderna
e Contemporânea de Genebra (Suíça) e Centro Georges Pompidou (França).

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Hito Steyerl
Munique, 1966. Hito Steyerl é artista visual, cineasta e autora de diversas
obras relacionadas com o campo de filmes documentários e crítica pós‑colonial.
Suas obras se situam entre o audiovisual e as belas artes, entre teoria e
prática, tratando questões como globalização cultural, feminismo, migração
e racismo. Steyerl lecionou em diferentes universidades como professora
visitante e atualmente ensina Teoria pós-colonial e Estudos culturais
na Faculdade Goldsmith, em Londres. Seus filmes e vídeos foram exibidos
e premiados em todo o mundo.

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Maurício Dias & Walter Riedweg
Nascido em 1964, o carioca Maurício Dias formou-se pela Escola de Belas
Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O suíço Walter Riedweg,
de 1955, estudou na Academia de Música de Lucerna. O encontro casual na
Suíça, em 1993, evoluiu para o desenvolvimento de uma prática artística
conjunta, que envolve elementos de performance, documentação e instalação
para provocar interferências em situações do cotidiano e questionar, a partir
delas, as tramas sociais, afetivas e hierárquicas que conectam e desconectam
os indivíduos. Dias e Riedweg expuseram nas Bienais de Havana, Liverpool,
Istambul, Veneza, Xangai e São Paulo. Em 2005, foram objeto de uma grande
retrospectiva no Museu de Arte Contemporânea da Finlândia, em Helsinque.

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Phil Collins
Inglaterra, 1970. Collins viveu em Belfast, Brighton e atualmente vive em Glasgow.
Questionando tanto o mito da autonomia estética e a arte como política em si
mesma, os filmes, fotografias e instalações de Collins se apropriam da tradição
do documentário e de elementos da cultura popular, como a música e a dança
pop, para estabelecer uma imediata e bem-humorada conexão com o espectador /
participante. Collins realizou exposições individuais em: Tate Britain, Londres;
Tanya Bonakdar Gallery, Nova York; Temple Gallery, Tyler School of Art, Filadélfia;
San Francisco Museum of Modern Art; Espacio La Rebecca, Bogotá; Stedelijk
Museum voor Actuele Kunst, Gent; Sala Rekalde, Bilbao; e Wrong Gallery, Nova
York, entre outros. Participou também da Manifesta 3; da 9ª Bienal Internacional
de Istambul (2005); e da Berlin Biennale (2010). Collins recebeu o Absolut Prize,
em 2000, e o Paul Hamlyn Award, em 2001. Em 2006, foi pré-selecionado para
o Deutsche Borse Photography Prize na Photographers’ Gallery e foi um dos
artistas finalistas do Turner Prize.

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Rivane Neuenschwander
Belo Horizonte, 1967. Formada pela Escola de Belas Artes da Universidade
Federal de Minas Gerais, obteve o título de mestre pelo Royal College of
Arts em Londres. As obras criadas por Rivane utilizam uma ampla gama de
materiais, como flores secas, papel arroz, insetos, poeira, sujeira, sal e pimenta,
elementos orgânicos que têm uma vida efêmera. Cria assim uma espécie de
memória da vida cotidiana, que se funda justamente em tudo aquilo que é
corriqueiro. Rivane Neuenschwander já expôs em importantes museus
e galerias nacionais e internacionais. Destacam‑se suas individuais no Palays
de Tokyo, em Paris (2003), Museu de Arte da Pampulha (2002) e Portikus,
em Frankfurt (2001). Já participou duas vezes da Bienal Internacional de
Veneza (2003 e 2004) e também da Bienal de São Paulo (1998) e da Bienal
de Santa Fé (Estados Unidos, 1999).

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Rosa Barba
Itália, 1972. Rosa Barba é conhecida por seus filmes em 16 mm e suas
videoinstalações. Estudou Cinema e Artes Visuais na Academy of Media Arts de
Colônia e fez residência na Rijksakademie van Beeldende Kunsten em Amsterdam.
Suas obras lidam com as dimensões aleatórias da imagem, narrações que evocam
paisagens e histórias invisíveis, locais incomuns e situações improváveis. Suas
mais recentes exposições individuais incluem: Centre International D’Art et du
Paysage de l’Île de Vassivière, França (2010), Center of Contemporary Arts, Tel Aviv,
Israel (2010), Gallery Gió Marconi, Milão (2009), Bildmuseet, Umea, Suécia (2008).
Participou da exposição Fare Mondi / Making Worlds, com curadoria de Daniel
Birnbaum, para a Bienal de Veneza (2009).

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Sharon Lockhart
Massachusetts, 1964. Lockhart formou-se no Art Center College of Design
em Pasadena, em 1993. Recebeu os prêmios Radcliffe, Guggenheim, e Rockefeller.
Seus vídeos, filmes e trabalhos fotográficos têm sido amplamente exibidos em
festivais de cinema internacionais e em museus, instituições culturais e galerias
de todo o mundo. Atualmente é professora associada da University of Southern
California’s Roski School of Fine Arts. Vive e trabalha em Los Angeles.

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Shelly Silver
Nova York, 1957. Shelly Silver trabalha com cinema, vídeo e fotografia.
Seu trabalho, que abrange um amplo leque de temas e gêneros, explora as
relações pessoais e sociais e as histórias que construímos sobre nós mesmos.
As obras de Silver têm sido exibidas extensamente em todo os EUA, Europa
e Ásia em instituições como o MoMA, ICP, MoCA, o Museu de Yokohama, o Centro
Pompidou, o Museu de Quioto, o ICA de Londres e nos Festivais de Cinema de
Londres, Cingapura, Nova York, Moscou e Berlim. Shelly Silver recebeu inúmeras
bolsas e subvenções de organizações como John Simon Guggenheim Foundation,
NEA, NYSCA, NYFA, Jerome Foundation, Japan Foundation e Anonymous was
a Woman. Silver é professora associada na Escola de Artes Visuais da
Universidade de Columbia.

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Sophie Calle
França, 1953. Calle é escritora, fotógrafa e artista conceitual. Seu trabalho
frequentemente descreve a vulnerabilidade humana e trata de temas como
identidade e intimidade. Desde 2005, Sophie Calle leciona cinema e fotografia
na European Graduate School in Saas-Fee, Suíça, no Departamento de
Artes Visuais da Universidade da Califórnia, em San Diego, e no Mills College,
em Oakland. Entre outros, realizou exposições em: Hermitage Museum,
São Petersburgo; Musée d’Art et d’Histoire du Judaïsme, Paris; Paula Cooper
Gallery, Nova York; Palais des Beaux-Arts, Bruxelas; Videobrasil, SESC Pompeia,
São Paulo; Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador; Whitechapel Art
Gallery, Londres; e De Pont Museum of Contemporary Art, Tilburg, Holanda.